Blockchain? O que é que isto tem a ver com amêndoas?

25 de fevereiro de 2022

Parecem não casar bem estas duas palavras: amêndoas e blockchain. Mas os opostos atraem-se e a agricultura moderna é muito mais do que lançar a semente na terra. Hoje falamos de blockchain e explicamos por que motivo estamos a usar este sistema nas nossas herdades em Idanha-a-Nova e no Fundão.

O blockchain é um banco de dados e funciona como uma espécie de livro de registos. Contém todas as transações processadas no sistema e é uma cadeia de blocos, ou seja, um conjunto de informações ligadas entre si que não pode ser apagado ou alterado. Cada novo registo é um novo processo.

Esta tecnologia foi usada pela primeira vez em 2009 nos primórdios da Bitcoin e, desde então, tem sido utilizada por empresas de setores tão diferentes como a banca, telecomunicações ou instituições governamentais. Trata-se de um poderoso banco de dados, útil para monitorizar todos os passos de qualquer processo. No caso do setor alimentar permite ao produtor, à indústria, à distribuição e ao consumidor terem informação fidedigna sobre cada passo percorrido pelo alimento.

Na Veracruz produzimos amêndoas premium e utilizamos a tecnologia para melhorar a nossa produção, medir os impactos e antecipar problemas. Por isso, sistematizar todos os dados num sistema digital, acessível, inviolável e automático fazia todo o sentido.

Em 2020 começámos a registar todos os nossos dados: consumos, árvores, água, lotes, colheitas, entre muitos outros indicadores. Quando a nossa fábrica estiver a funcionar em pleno – em 2023 – esse registo continuará no processamento. A amêndoa que nasce nos nossos pomares será descascada, palitada, transformada em farinha e, em todas opções possíveis, será rastreada. Embalamento, transporte e distribuição são os passos seguintes.

O nosso objetivo é, depois, em casa o consumidor poder ler o código de QR nas embalagens e aceder a um site com o registo do alimento que tem no prato. Todos os intervenientes desta grande e complexa cadeia saberão o percurso das nossas amêndoas.

Alexandre Souza, responsável da Veratech (empresa tecnológica do grupo Veracruz) acredita que“o processo de rastreabilidade utilizando blockchain no segmento agroalimentar será amplamente adotado à medida que for solicitada à cadeia de produção e de distribuição transparência de informação em todas as etapas”.

“Os consumidores, cada vez mais conscientes do que consomem e ávidos de garantir que o produto final é saudável e produzido estritamente dentro das normas vigentes, terão no blockchain a garantia de transparência de todo o processo”, afirma.

Esta iniciativa é diferenciadora e conquistou mesmo o prémio de melhor projecto de Inovação em Parceria, uma das categorias do Prémio Empreendedorismo e Inovação Crédito Agrícola. Uma distinção pelas nossas Amêndoas com Identidade!

Ainda ficou com dúvidas? Envie um e-mail para comunicacao@veracruzalmonds.com